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quinta-feira, 23 de junho de 2011

O que torna um produto sustentável?

Publicado em Sustentabilidade. 23 de junho de 2011 - 07:42 - por Rafaela Mussi


Com o termo sustentabilidade em alta, o que mais temos por aí são produtos que prometem diminuir os seus impactos no planeta, economizando água, energia, combustíveis fósseis, recursos naturais, entre muitas outras opções que surgem a cada dia. Aparentemente, não dá para negar que esses produtos trazem inúmeras benfeitorias para o meio ambiente, mas será que olhando a fundo todos eles são mesmo sustentáveis? E, afinal, o que torna um produto sustentável?

Essa é uma questão muito emblemática. Não é o simples ato de economizar energia, por exemplo, que vai fazer um produto mais sustentável do que outro. Para esclarecer essas dúvidas, recentemente visitei a fábrica da Docol Metais Sanitários, em Joinville, onde conversei com o engenheiro Fabiano da Veiga, responsável por pesquisa e desenvolvimento de produtos economizadores de água e com Dorly Ferreira filho, responsável pelas estações de tratamento da empresa.

Parque fabril da Docol – 35% de Mata Atlântica preservada

A Docol possui uma linha de torneiras e válvulas de descarga que diminui o consumo de água tanto em residências como em ambientes públicos. Mas, de acordo com o engenheiro, esse é apenas um dos requisitos para tornar o produto sustentável. Por isso, a empresa preza pela atenção em todo o processo produtivo, a começar pela escolha de fornecedores com garantia de procedência. Durante a fabricação, com aproveitamento do material que sobra (cavaco), redução do consumo de água, tratamento dos efluentes industriais e esgoto, a Docol sustenta o slogan que acompanha a marca: uma escolha sustentável!

ETE – Estação de Tratamento de Efluentes

Mas não termina por aí, não. Outro fator importantíssimo é a durabilidade. De nada adiantaria fabricar uma torneira que economiza água, mas que tenha que ser substituída constantemente, gerando nova produção e, consequentemente, maior demanda de recursos naturais e produção de resíduos. Por isso, a empresa investe em materiais de qualidade, e também em testes de vida, que garantem que o produto tenha longa duração.

Laboratório hidráulico – testes de durabilidade

E ainda assim, após a longa vida do produto, as peças de desgaste natural podem ser substituídas facilmente, evitando o descarte do produto inteiro e obras dentro de casa. Isso é sustentabilidade!

http://www.docol.com.br/planetaagua/o-que-torna-um-produto-sustentavel/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Fonte:

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sustentabilidade é Acção: Uma escola verde

Sustentabilidade é Acção: Uma escola verde: "Em Bali , na Indonésia, existe uma escola verde, a Green School , fundada pelos canadianos Cynthia e John Hardy. Uma escola que pretende ins..."

terça-feira, 21 de junho de 2011

Discutindo sustentabilidade na publicidade

Na última semana o que mais as pessoas me perguntaram foi o que eu achava sobre as normas que o CONAR criou para a informação sobre sustentabilidade na publicidade. No ano passado já havia escrito sobre a pesquisa da Market Analysis que apontava que 90% das empresas não entregavam o que prometiam nas embalagens quando o assunto era sustentabilidade.

Não sei o que motivou o CONAR a criar essa série de normas, mas acho que ela é fundamental. Só que acho que ela pode ir muito além do que vai. Um dos pontos presentes na série é que, de acordo com o próprio órgão, a publicidade veiculada no Brasil deverá comprovar suas vantagens ambientais. Primeira questão: sustentabilidade não é meio ambiente.

Prosseguindo, o objetivo do CONAR é coibir a banalização do apelo sustentável no marketing e reduzir o greenwashing. Segunda questão (que eu estou careca de falar): processo x produto sustentável. Uma empresa não é sustentável porque lançou um produto sustentável. O CONAR está pronto para lidar com essa questão?

Porque falar que uma empresa é sustentável, ou melhor, fazer publicidade em cima de um termo como sustentabilidade, que é tão genérico e complexo, e punir quem comunica e não pratica é bem perigoso. Afinal, o que o CONAR entende por sustentabilidade? É produto, é processo, é produto e processo, é responsabilidade social/ambiental, ou filantropia está valendo?

Tenho também outras dúvidas: como vai se dar a fiscalização disso? Porque, pelo que sei, o CONAR avalia as propagandas através de denúncias ou queixas da sociedade, da concorrência ou de alguma entidade que se sentiu ofendida/incomodada com o que está sendo divulgado. Mas se uma empresa coloca na embalagem ou anuncia na TV que aquele produto é carbon free, como terei certeza de que ela realmente plantou as mudinhas?

E só para finalizar minhas primeiras impressões, qual seria o escopo exato da série de normas? É verificar veracidade, exatidão, pertinência e relevância apenas do conteúdo da sustentabilidade exposto pela empresa na embalagem/propaganda ou também punir aqueles artifícios sórdidos do marketing, que atrela a ação sustentável à compra do produto?

Pergunto isso, pois recentemente tomei conhecimento da campanha da Danone onde, na compra de um produto da marca, ganha-se sementes e ainda ajuda a reflorestar a Mata Atlântica. Sendo que, neste caso, não estamos falando de marketing de causa, de processos, de produto e nem sei se é filantropia. Porque na minha visão, é apenas uma ação de marketing que usa a sustentabilidade como escudo para aumentar vendas e, pior, tem como objetivo atingir as crianças.

Enfim, louvável a iniciativa do CONAR, mas há ainda um longo caminho a ser seguido e muitas questões a serem esclarecidas. Mas fico extremamente feliz em saber que o primeiro passo foi dado.

http://www.sustentabilidadecorporativa.com/2011/06/discutindo-sustentabilidade-na.html
Fonte:


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Prefeitura do Rio transformará Babilônia em vitrine sustentável


Localizado no alto da comunidade da Babilônia, no Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, o famoso Campinho, xodó dos moradores (foto ao lado), vai estar de cara nova no ano que vem. Ele será alvo de uma das principais mudanças previstas num projeto que quer transformar a Babilônia e o Chapéu Mangueira em ícones de sustentabilidade até meados de 2012: o Morar Carioca Verde, da Secretaria municipal de Habitação. A promessa, é que, até a Rio+20, conferência internacional de meio ambiente que será realizada na cidade, o projeto esteja pronto. Ou seja, a prefeitura tem menos de um ano para implantar na comunidade inovações ousadas como moradias com captação de água da chuva, tijolo ecológico e aquecimento solar e dar um "up" na economia local, com a chegada de programas de microcrédito, ecoturismo e de uma horta orgânica e um horto comunitários, além da revitalização dos espaços de convivência. O local vai se tornar uma vitrine das favelas pacificadas para o mundo. Mas não há sequer previsão de que o projeto seja estendido às demais comunidades. E, lá mesmo na Babilônia e Chapéu Mangueira, moradores pedem mais participação no planejamento do projeto, já que é o cotidiano deles que será afetado diretamente.

Tivemos acesso a detalhes do Morar Carioca Verde com exclusividade, acompanhando uma visita do secretário de Habitação do município, Jorge Bittar, à comunidade. O Morar Carioca já existe desde 2010, prevendo melhorias nas comunidades cariocas, mas a Babilônia e o Chapéu Mangueira vão se tornar uma espécie de laboratório, onde serão testadas ações ambientais e sociais que já ganharam terrreno em áreas carentes de outros países, como a Colômbia. No Brasil, as comunidades do Leme serão pioneiras. Por isso, lá o Morar Carioca incorporou o adjetivo Verde. Além da prefeitura do Rio, a Secretaria Estadual do Ambiente também vai apoiar o projeto, com a proposta de colocar em prática a ideia de UPP Verde. No setor privado, o apoio também é de peso. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) firmou compromisso e já há seis empresas confirmadas: Philips, Itaú, Michelin, Bradesco, Goodyear e Furnas. E, para fechar, a ONU Habitat também é parceira no empreendimento.

Segundo Bittar, os investimentos do Morar Carioca já eram da ordem dos R$ 43 milhões. Com a entrada das inovações sustentáveis, haverá pelo menos mais R$ 10 milhões empenhados nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, sem contar com incentivos privados que estão sendo fechados.

_ Até a Rio+20 teremos pelo menos 2/3 das obras concluídas. Queremos fazer das comunidades um grande laboratório, para sabermos a viabilidade técnica de um projeto como esse nas UPPs. Primeiramente, todas as casas terão saneamento. E outra mudança importante será a construção de uma via de acesso que ligará toda a comunidade, chegando até a sede da UPP. Pela via será feita a coleta seletiva, por exemplo _ explicou o secretário, apontando a via de acesso, que já está em obras.

Os desafios não serão poucos. Além do lixão da comunidade, onde há todo tipo de resíduo, há lixo espalhado em várias partes do morro. Além disso, a decisão de implantar o Morar Carioca Verde veio em cima da hora da Rio+20, o que torna o tempo escasso e o diálogo com a comunidade complicado. Como trata-se de duas comunidades com alto engajamento dos moradores, eles reivindicam participação em todas as fases do programa, ponto básico para qualquer empreendimento sustentável. Mas, segundo alguns habitantes da comunidade, isso não tem acontecido. Eles aproveitaram a visita do secretário, para reivindicar mais voz. Entre os moradores que estavam no grupo, o bombeiro Washington Luiz Costa, morador da Babilônia, explicou que falta esclarecer o projeto para a comunidade:

_ Ainda não sabemos direito o que vai acontecer. O campinho, por exemplo, eles estão querendo transformar numa praça, mas ele é um ícone da comunidade. Todo mundo está com medo de perdê-lo. É aqui que as crianças jogam bola, que fazemos festa. É especial, ninguém pode entrar e sair mudando sem falar com a gente.

Ao ouvir as reivindicações, o secretário garantiu que elas serão atendidas. Vale ressaltar que as comunidades foram escolhidas, pois trata-se de uma área pequena, com forte tradição de recomposição da mata nativa pelo projeto Mutirão de Reflorestamento, da prefeitura, além de estar localizada no coração da Zona Sul, com uma vista deslumbrante para orla. Ali, líderes mundiais que estiverem participando da Rio+20 poderão contemplar o projeto, sem sequer passar perto da realidade das demais comunidades cariocas, onde os problemas são muito maiores.

Serão construídas 117 unidades habitacionais para retirar os moradores que estão localizados em Área de Preservação Ambiental. E serão essas as unidades que receberão as principais inovações, desde o planejamento para aproveitar luz natural e ventilação, até captação de água da chuva e aquecimento solar.

Da parte das empresas, a Philips já garantiu que entrará ajudando na eficiência energética das casas. E bancos como o Bradesco e o Itaú vão entrar com linhas de crédito para facilitar acesso a produtos mais sustentáveis. Para fazer obras nas casas, por exemplo, o CEBDS apostará no modelo de mutirão, como explicou a presidente da instituição Marina Grossi. Ou seja, os moradores terão crédito para comprar o material e, depois, colocarão a mão na massa em conjunto:

_ As empresas que entrarem na Babilônia e Chapéu Mangueira para o projeto terão todas que oferecer cursos de capacitação aos moradores. A nossa base será geração de renda. É uma super parceria público-privada _ disse Marina, explicando que, no CEBDS, o projeto recebe o nome de Rio Cidade Sustentável, uma espécie de braço privado do Morar Carioca Verde.

O economista Sérgio Besserman Viana, presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e de Governança Metropolitana da cidade foi um dos precurssores da ideia do projeto, e afirmou que o objetivo é também integrar a comunidade ao bairro do Leme:

_ Não há como negar. É mais fácil implantar um projeto desses lá, de frente para a Praia de Copacabana. Será um ícone da Rio+20, não apenas com ações ambientais, mas de combate à pobreza também. Se conseguirmos integrar a Babilônia e Chapéu Mangueira ao Leme será ótimo.

A prefeitura garante que nos próximos três meses já será possível ver os primeiros resultados. E a expectativa é que mais empresas entrem no projeto. O que acontecerá com as outras comunidades, no entanto, não se sabe. A menina dos olhos agora está apenas no Leme.

Legenda: Comunidade Babilônia-Chapéu Mangueira / Crédito: Fotos de Gustavo Stephan

http://oglobo.globo.com/blogs/razaosocial/posts/2011/06/21/prefeitura-do-rio-transformara-babilonia-em-vitrine-sustentavel-387724.asp

Fonte:

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Bill Clinton: Projetos verdes são uma mina de ouro pouco valorizada

Vanessa Barbosa - Exame.com - 01/06/2011

Ele chegou atrasado ao encontro, pediu desculpas e disse que o avião "ficou dando volta no aeroporto por quase uma hora antes de pousar". Após alguns segundos de mea-culpa, o ex-presidente da maior economia do mundo Bill Clinton lançou: "Há muitos riscos e oportunidades nas mudanças climáticas, só depende das decisões que tomarmos".

"Acredito que construir um futuro sustentável é o único jeito de fazer a economia funcionar e afastar os riscos de desastres naturais", disse Clinton, durante o C40 Summit, reunião bienal entre os líderes das megacidades que visa discutir o papel dos governos locais na luta pela redução das emissões de gases efeito estufa (GEE).

Em 2006, a rede C40 estabeleceu uma parceria com a Clinton Climate Initiative - CCI, fundação liderada pelo ex-presidente americano, que garante, entre outras coisas, o desenvolvimento e a efetivação de projetos para o consumo de energia sustentável nas metrópoles. Para Bill Clinton, os esforços que estão sendo depreendidos em prol do meio ambiente por institutos privados, governos nacionais e locais não são suficientes para afastar os riscos e contagiar a economia como um todo com o pensamento sustentável.

Por isso, diz Clinton, é preciso focar nas oportunidades. Como exemplo, citou a questão dos aterros sanitários que produzem grande quantidade de metano, gás 20 vezes mais poderoso e nocivo ao aquecimento global do que o dióxido de carbono. "Se acabássemos com os aterros, investíssemos em bioenergia e reciclássemos os resíduos sólidos, ganharíamos mais 20 anos para resolver com sabedoria a questão do aquecimento global".

O ex-presidente americano elogiou o programa paulista de redução de emissões de gás metano nos aterros municipais. "Estou contente de estar em um país que reconhece seu papel nesse processo e sabe dos recursos que tem", afirmou. Segundo Clinton, um dos maiores obstáculos diz respeito à parte de financiamento. "Os projetos verdes ainda são muito vistos pelos altos custos de implementação e não como as minas de ouro que são", defendeu o ex-presidente, ressaltando que o investimento em projetos sustentáveis é recompensado entre dois e vinte anos.

Descarte de lixo: história de amor entre garrafas de leite alerta a população!

A cada ano, o Reino Unido queima ou enterra cerca de £650 milhões em materiais que poderiam ser reciclados. Entretanto, a região teve uma melhora considerável em relação a anos anteriores. Para continuar com os bons resultados, a organização “Amigos da Terra” (no caso, “Friends of Earth”) criou o vídeo “Love Story in Milk“, que incentiva a população a dar destino correto aos resíduos sólidos. O vídeo, realizado em parceria com a Catsnake, já teve mais de 55 mil visualizações no youtube e tem sido bastante elogiado.

Veja o vídeo abaixo (em inglês):



Fonte: http://www.fujiro.com.br/blog/index.php/2011/05/descarte-de-lixo-historia-de-amor-entre-garrafas-de-leite-alerta-a-populacao/